O bom humor também ajuda os filhos a perseverar nos objetivos e a ter uma visão mais realista das pessoas e coisas

Saber sorrir e ter senso de humor é fundamental para aumentar a alegria de viver de nossos filhos.

Neurologicamente falando, estudos do Jornal de Neurociência e de Psicologia da Universidade de North Carolina mostraram que a risada é uma grande liberadora de endorfina no cérebro através dos receptores opioides para os neurotransmissores.

A risada tem um benéfico efeito de levar a uma saudável euforia, e por isso é tão socialmente contagiosa.

Quando uma pessoa começa a rir, as outras em sua volta também tendem a abrir um sorriso ou rirem. Através do riso, as conexões sociais no grupo melhoram, porque gera uma sensação de segurança e proximidade.

Também a risada e o sorriso fazem parte do bom humor.

Quanto mais bem-humorados nossos filhos forem, melhor conseguirão levar as dificuldades da vida e de transformar as obrigações diárias e convivências em momentos mais leves ou alegres, através de sorrisos refrescantes.

Junto com o bom humor estão associadas a diversão, o jogo e a brincadeira; todas são manifestações afetivas de amizade e amabilidade.
Segundo Hugo de Azevedo, escritor ágil e fino do livro: “O bom humor”, a pessoa que não aprecia uma piada ou não sabe rir de si mesma, não sabe “brincar”, nunca poderá alcançar a plena perfeição e felicidade.

Ao contrário, uma pessoa de bom humor sabe ver as proporções das coisas e não se leva tão a sério. Nossos filhos precisam aprender a se conhecer e aceitar as próprias limitações.

Uma inteligência emocional bem desenvolvida leva ao realismo e a uma escala de valores equilibrada. As crianças aprendem a relevar pequenas adversidades e a não fazerem “tempestade em copo d´água”.

O bom humor também ajuda os filhos a perseverar nos objetivos e a ter uma visão mais realista das pessoas e coisas, o que permite que descubram melhor as causas de eventuais problemas e, consequentemente, possíveis soluções.

O bom humor está unido ao espírito esportivo, ao esporte e ao jogo, à virtude da eutrapelia, ou seja, de saber se divertir, descansar no jogo e na brincadeira.

Em outro post, comentamos sobre a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças:
http://emais.estadao.com.br/blogs/educar-para-a-felicidade/brincar-e-fundamental/.

Brincar é coisa séria e é coisa mais séria ainda para nós, adultos; não devemos jamais desaprender a “brincar”.

Sugestões para os pais:

  • –Aprender a rir de nós mesmos;
  • – Agradecer sempre e alegrar-nos com o que temos;
  • – Evitar focar apenas em problemas e lembranças negativas (às vezes desligar as notícias repetitivas e negativas que podem envenenar nosso espírito);
  • – Saber descansar habitualmente, saber desfrutar de uma música, uma dança, um bom filme, um livro, um passeio no parque, contemplar a natureza;
  • – Brincar e ter momentos de diversão com os filhos e principalmente com o cônjuge; dar boas gargalhadas;
  • – Sair com o cônjuge pelo menos uma vez por semana e desfrutar juntos de uma atividade prazerosa, como tomar um sorvete ou sair para jantar;
  • – Aprender a não dramatizar (pensar: “isso ainda vai me incomodar muito daqui uma semana, um mês, um ano? Não? Então esqueça! ” )
  • – Sempre sorrir para as pessoas, o que é também uma forma de expressar carinho por elas.
  • – Aprender a se alegrar com cada minuto desse precioso dom que é a nossa vida.

JÚLIA MANGLANO é pós-graduada em Estimulação e Educação Infantil pela Escola Europeia de Educação (Espanha), fez MBA no IESE (Espanha), é graduada em Administração de Empresas pela FGV (Brasil), é orientadora familiar pelo curso IEEE (Espanha), diretora da Escola Infantil AeD e fundadora do Instituto Brasileiro da Família, filial do IFFD, órgão consultivo da ONU em assuntos de família.

Fonte: http://emais.estadao.com.br/blogs/educar-para-a-felicidade/educar-para-o-riso/

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