Mons. André Sampaio: “Quem não respeita seu semelhante efetivamente não o ama”
Monsenhor André Sampaio compartilhou em sua rede social um comentário sobre a falta de educação e de respeito para com o próximo, postura que denuncia, no fim das contas, a própria falta de amor.
Ele escreveu:
“Infelizmente, o egoísmo, o egocentrismo e a prepotência têm prevalecido nas relações societárias. Parece mesmo que o mau proceder se espalha e se insinua cada vez mais.
Vemos comportamentos agressivos e desrespeitosos no trânsito, na rua, no trabalho, na escola, nos ambientes públicos e mesmo no lar. Sem sombra de dúvida, isso reflete a falta de educação, entendida aqui como o respeito ao semelhante e à natureza. Desde o berço, passando pela educação familiar e pela educação formal (escolar) e chegando ao comportamento diário, está se deixando de lado a educação para o respeito ao próximo e a seus direitos.
É preciso que se reflita que a falta de educação, no sentido em que aqui está sendo exposta, significa, principalmente e acima de tudo, falta de amor. Quem não respeita seu semelhante efetivamente não o ama, e vice-versa”.
Educar é ensinar a amar
Mons. André prosseguiu:
“Fica fácil perceber, por correlação direta, que educar é ensinar a amar; no caso, ensinar-se o amor ao semelhante e à natureza. Pode-se reverter a falta de respeito e educação? Claro que sim. Isso é uma necessidade para que a sociedade efetivamente evolua e cresça.
E o caminho é o da educação, entendida agora como a facilitação do aprendizado, para que as pessoas, em especial os jovens, incorporem na prática diária o respeito e o amor ao próximo e à natureza. Essa educação inicia-se e consolida-se em casa, através dos pais, a quem cabe dar limites, orientações e, principalmente, exemplificação. Essa educação deve ser exigida, incentivada e também exemplificada na escola, em todas as suas etapas e níveis, adequando-se à legislação para permitir uma maior disciplina, mas também qualificando os educadores para tal.
Essa educação deve ser ‘cobrada’ de si mesma pela sociedade num mecanismo de autofiscalização, onde o mau proceder seja denunciado e coibido, e o bem proceder seja valorizado e elogiado pelas pessoas, pelos grupos organizados, pela imprensa e por todas as formas de comunicação. Essa educação passa pelas religiões, que devem, além do rito e do simbolismo, ensinar-nos a valorizar a vivência diária, que é onde a Criação Divina se manifesta, nas pessoas e na natureza”.
E finalizou, propondo uma solução para a falta de educação:
“Enfim, é necessário que nos decidamos, como sociedade e até como humanidade, a efetivamente buscar a educação em todos os seus sentidos. Eduquemo-nos a ser educados. Em todos os lugares. Em todos os momentos”.
Reportagem Aleteia
https://pt.aleteia.org/2022/03/01/falta-de-educacao-significa-falta-de-amor-educar-e-ensinar-a-amar/