Apesar da pressão para a melhoria da educação STEM¹, as jovens continuam sub-representadas nas carreiras tecnológicas

Com isso em mente, há um incentivo para garantir que na corrida para preparar os alunos para os postos de trabalho do futuro, as meninas não ficam para trás.

Uma iniciativa destinada a fazer isso é a Digital Divas, uma opção single-sex oferecida aos alunos do 8o, 9o, 10o e 11o anos do sexo feminino, que começou na Bartik Secondary School nos subúrbios orientais de Melbourne, em 2008.

A decisão de oferecer uma opção eletiva para um único sexo foi baseada em pesquisas internacionais que documentam o valor de um ambiente single-sex para garantir que as meninas tenham acesso total às instalações e para encoraja-las a explorar e descobrir juntas, ao invés de permanecer como espectadoras passivas.

No ano passado, uma pesquisa com australianos de 15 anos mostrou que 46% dos meninos planejam carreiras em TI ou engenharia, em comparação com apenas 8% das meninas. O projeto foi desenvolvido com o objetivo de ajudar a reverter a diferença de gênero das TIC e convencer as estudantes de que uma carreira ou curso de TIC é uma opção atraente para o seu futuro.

A pesquisa descobriu, ainda, que as meninas têm menos probabilidade de se interessarem pelas TIC, onde os cursos oferecidos são mistos, pois, nessa situação, os meninos tendem a dominar as discussões e atividades. No entanto, em salas single-sex, as meninas estão felizes em explorar e descobrir juntas.

Cada uma das escolas envolvidas no projeto oferece aulas de TIC para as meninas, abrangendo os três componentes do programa Digital Divas: o currículo, a orientação informal por parte de universitárias estudantes de tecnologia da informação e apresentações regulares de mulheres que trabalham em TIC.

“Tem sido interessante ver que a maioria das meninas no início do programa tem a mesma imagem estereotipada de uma pessoa que trabalha em TI”, disse a professora adjunta, Julie Fisher, da Universidade Monash, autora do projeto. “A ideia é sempre um homem de meia-idade que faz programação. O programa visa desafiar esta imagem e abrir a mente das meninas para a possibilidade de prosseguir uma carreira em TIC. “, diz a professora.

Leia mais em: http://www.educatoronline.com.au/news/digital-divas-gets-girls-tech-savvy-230622.aspx


¹STEM, do inglês Science, Technology, Engineering and Mathematics. “STEM education” é um currículo que envolve quatro disciplinas específicas – ciência, tecnologia, engenharia e matemática – em uma abordagem interdisciplinar e aplicada. Ao invés de ensinar as quatro disciplinas de forma independente e separada, STEM integra-os em um paradigma de aprendizagem coesa baseado no mundo real.

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