Pais e professores são uma fonte riquíssima de estimulação e podem coordenar suas ações de modo a se reforçarem mutuamente
Por Lélia Cristina de Melo, diretora de Formação da Escola do Bosque Mananciais.
email: lelia@escoladobosque.org.br
Nenhuma escola deve se eximir de educar as dimensões afetiva e moral, além da intelectual e social. Toda escola existe para educar – e ninguém educa apenas uma parte da pessoa. Para promover o desenvolvimento total de uma criança, pais e escola, de mãos dadas, devem impulsionar o crescimento infantil compatibilizando os objetivos essenciais, sendo os pais os protagonistas dessa empreitada. Cada criança é inédita e demanda um estilo personalizado de educar para que atinja o máximo de suas capacidades.
A educação de qualidade é mais preventiva que corretiva, adiantando-se ao futuro e às dificuldades e dotando a criança de todo o necessário para que se supere.
Diz-se que umas décadas atrás, quando perguntados, os pais respondiam que desejavam que seus filhos, quando crescessem, fossem pessoas de bem. Hoje, para a mesma pergunta, respondem que desejam que seus filhos sejam felizes. Ora, uma condição não exclui a outra, devemos querer que as crianças sejam intelectualmente eficazes, afetivamente resolvidas, moralmente formadas, fisicamente saudáveis e espiritualmente plenas. Isso é educação de verdade.
Jamais se contentar com jovens promissores apenas na carreira, eles devem ser preparados para passarem em todos os concursos da vida: na profissão, no casamento, nas relações sociais, na cidadania, na vida transcendente.
Os filhos estão na escola por quase 20 anos, em um processo de dependência desta e da família, que se reduz gradativamente, mas que, enquanto permanece, é salutar que essas duas instituições lhe prestem o melhor serviço educacional e, para isso, a coerência entre as duas é indispensável. Nada como pais e professores conversarem para estabelecer ações educativas preventivas.
Exemplos de metas a serem alcançadas no âmbito humano:
– Levar a pensar, potencializando o sentido crítico e buscando a verdade.
– Respeitar toda pessoa, compreendendo-a.
– Estimular a responsabilidade.
– Fortalecer a vontade com o exercício das virtudes.
– Fomentar a iniciativa pessoal.
Exemplos de metas a serem alcançadas no âmbito acadêmico:
– Adquirir hábitos estáveis de estudo.
– Esforçar-se consistentemente.
– Saber trabalhar em grupo.
– Aprender a se concentrar para aprender com eficácia.
– Ajudar os colegas e aceitar ser ajudado.
– Adquirir gosto pela boa leitura e se empenhar em escrever bem.
– Falar em público expressando-se com propriedade.
Pais e professores são uma fonte riquíssima de estimulação e podem coordenar suas ações de modo a se reforçarem mutuamente. Sabe-se que o aporte genético em uma pessoa é de 30%, e que a incidência da educação é de nada menos que 70% sobre a criança, o que implica enormes possibilidades educativas!
Qualquer criança obtém avanços sem precedentes se estimulada apropriadamente em quantidade e variedade de estímulos em uma fase ligeiramente prévia (período sensitivo) a que o desenvolvimento o permita.
Dentro de um programa desse, estimulador e alegre, observa-se nelas a conquista da maturidade, segurança, autoestima e desenvoltura social, finalidades de um projeto educativo completo e eficaz.
Cada criança é inédita e demanda um estilo personalizado de educar para que atinja o máximo de suas capacidades.
A educação de qualidade é mais preventiva que corretiva, adiantando-se ao futuro e às dificuldades e dotando a criança de todo o necessário para que se supere.
A criança é ativa, curiosa, sedenta, procura sempre algo, explora, revelando que deve estar exposta a atividades construtivas e ao contato humano agradável. É possível educar pessoas de bem, completas e plenas, capazes e felizes, é só utilizar as ferramentas que temos em mãos. Toda criança corresponde.
Artigo original: http://www.semprefamilia.com.br/a-importancia-de-pais