Quando um filho não quer estudar, os pais podem pensar que é por preguiça ou falta de vontade e jogar a culpa no próprio filho ou nos professores da escola. Mas esta atitude não ajuda a resolver o problema.
Por que meu filho não gosta de estudar?
Não cabe dúvida que uma das causas do problema e da falta de força de vontade para o aprendizado é uma falta de motivação. Se eles não têm um motivo para estudar é mais difícil reverter o desinteresse em aprender.
Motivos efêmeros, como estudar para passar no vestibular, fazer uma carreira, ganhar dinheiro e outros semelhantes também não são propulsores e suficientemente fortes, pois estão muito distantes e, apesar de válidos, são apenas meios e não fins.
Daí que é importante os pais e professores ajudarem seus alunos a refletirem “para que” e “por que” estudam. Também ajudá-los a pensarem de forma mais completa, ou seja, em motivos que ajudem a se realizar como pessoas e se desenvolver de forma integral.
É benéfico que percebam que, através do hábito de estudo, desenvolvem suas capacidades intelectuais e de tomada de decisões acertadas e suas capacidades sócio emocionais como a constância, ordem, responsabilidade, autoestima e capacidade de superação.
7 dicas para incentivar seu filho a estudar e a desenvolver maior auto determinação:
1- Horários Fixos para estudo:
Estabeleça com seu filho um horário fixo e constante – por exemplo: de uma hora de estudo por dia e que depois gradativamente pode ser aumentado;
2- Horário para outras atividades:
Estabeleça neste planejamento de horário também as atividades de recreação, exercícios, alimentação e sono; é muito mais difícil estudar e ter alto rendimento acadêmico sem estar bem fisicamente e principalmente ter as necessárias horas de sono (os neurônios precisam descansar);
3- Estabelecer objetivos concretos:
Ajude a criança a estabelecer objetivos concretos. Por exemplo, todos os dias rever os conteúdos das aulas vistos no dia: “aula dada = aula estudada” , o que ajuda muito no desenvolvimento da motivação, pois as informações vistas duas vezes no mesmo dia são mais facilmente armazenadas na memória de longo prazo pelo cérebro;
4- Identificar o próprio estilo de aprendizagem:
Ajude-a a identificar seu próprio estilo de aprendizagem e aplique técnicas de estudo;
5- Fazer relações com o cotidiano:
Ajude a relacionar os conteúdos à sua vida cotidiana, estimulando assim a curiosidade através da percepção da aplicabilidade daquilo que está aprendendo, ou seja, que vá captando o “para que” dos conteúdos e das habilidades;
6- Estimular a independência:
Estimule a independência deixando que seu filho faça as lições sozinho e, assim, vá se acostumando a lidar de forma autônoma com a apreensão de conceitos e resolução de problemas;
7- Relembrar os objetivos iniciais:
Ajude a relembrar os objetivos colocados e já alcançados, pois à medida que conseguem efetivamente estudar com constância, vão sentindo uma satisfação positiva, ao mesmo tempo em que aumenta sua autoestima e o sentimento positivo de superação, em um círculo virtuoso.
POR JULIA MANGLANO